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TEATRO | |
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A Verdadeira História de Barbi dia 14 de Dezembro pelas 21h30/ ano 2013Teatro Aveirense de José Pinto Correia
O Regresso de “As Barbis”, 20 anos depois, uma alta comédia requintada que, divertindo, não deixa de dizer muitas verdades.
“A Verdadeira História de Barbi”, de José
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| Pinto Correia, parte de um universo anedótico associado às “tias” portuguesas que encontramos algures entre Lisboa, Cascais e Sintra, mas também em muitas outras cidades portuguesas, criticando-se de forma corrosiva, a vida de três senhoras de meia idade da classe média–alta expondo as suas fantasias, ambições e frustrações.
Porque, se é certo que as personagens Tuxa, Kika e Babá (as três Barbis) vivem apoquentadas pelo físico, pelas dietas, pelo dinheiro, a verdade é que elas são também mulheres afligidas com a infidelidade dos maridos, com a solidão e com a constatação de um vazio existencial para o qual foram empurradas pelas circunstâncias de uma vida fútil e superficial. Curiosamente, testam os seus limites morais e afrontam os seus próprios princípios pessoais e sociais, de forma solidária e de grande cumplicidade feminina, quando um mordomo “lindo de morrer” aparece em cena, estimulando emoções e sentimentos há muito apaziguados ou reprimidos.
A brincar, entre gargalhadas e outros momentos mais sérios, “A Verdadeira História de Barbi” é uma alta comédia que, divertindo, não deixa de dizer muitas verdades.
O que chamaria você ao Germano? Um figo?...
As tias andam desorientadas com o novo empregado doméstico da BÁBÁ – O GER (Germano). Uma delícia de rapazinho que provoca aqueles instintos que estão nos animaizinhos... tá a ver? E a que alguns chamam de pecados, outros de figuras de sintaxe... enfim! O que chamaria você ao Germano? Um figo?
A personagem Germano é interpretada pelo bailarino DIMA.
BABÁ, a nova rica do grupo, casada com um empresário de sucesso, com negócios em Angola e o filho a estudar na China, é a mais atrevida das três tias. Louca e mazinha, não olha a meios para atingir os fins. O marido está mais ausente do que presente... mas ela sabe como passar o tempo!
TUXA, de excelentes famílias, conservadora e católica, vive momentos de aflição com dificuldades financeiras e afoga nos chocolates as ansiedades e as frustrações. Apesar da arrogância do marido, prefere acreditar no amor dele do que pôr em causa a moral e os bons costumes.
KIKA, uma burguesa bem sucedida, vive obcecada com dietas e operações plásticas. Deslumbrada entre o pedigree da TUXA e o dinheiro e determinação da BABÁ, alia-se a todas as provocações, decidida que está em não deixar para amanhã as seduções que pode fazer hoje.
Dizer mal faz bem à pele
20 anos depois o regresso aos palcos
de A VERDADEIRA HISTÓRIA DE BARBI
Uma comédia original de José Pinto Correia, que estreou em 1993, e que foi vista por mais de 700 mil espectadores, regressa aos palcos de novo pelo GRUPO CASSEFAZ, e com os mesmos atores (Miguel Abreu, F. Pedro Oliveira e Paulo Ferreira) a desempenharem as mesmas personagens: A TUXA, a BABÁ e a KIKA. Celebrando 20 anos sobre a estreia, matam-se saudades e apresentam-se as personagens e a peça a todas as novas gerações de espectadores que, à data da estreia , ainda eram umas crianças!
A ação da peça decorre em casa da BABÁ, uma tia nova rica, que recebe as amigas TUXA e KIKA para uma tarde de má língua e compras. Inesperadamente, porém, as amigas descobrem que a anfitriã esconde um empregado doméstico, o Germano. Jovem e cheio de charme, Germano abala todos os melhores princípios morais das amigas, há muito desprovidas de atenção e carinho por parte dos maridos, desmascarando-se todo o jogo social! Não fosse também A Verdadeira História de Barbi um retrato de um eterno Portugal do faz de conta e da ostentação, das cunhas e dos favores!
A composição dos atores é outro motivo acrescido para o público assistir a este espetáculo. O recurso ao “travestismo” é, aqui, entendido como expressão estética de questionação de identidade e de crise social, com impacto não só sociocultural mas também político. Como escrevia Eugénia Vasques no semanário Expresso, em 1993, “mais do que a parodização de três estereótipos sociais femininos – uma Babá, uma Tuxa e uma Kika, personagens retiradas de um imaginário socialmente “bem” e intelectualmente fútil – o que os criadores nos propõem é, sob o ponto de vista do teatro, o confronto com a difícil composição de personagens femininas mais espessas que a mera caricatura e, sob o ponto de vista humano, uma séria reflexão sobre a solidão e a cumplicidade humana. Elas são também seres humanos despedaçados, ocultados em comportamentos de manual, mulheres abandonadas à procura do que o belo empregado doméstico afinal, sem esforço, lhes poderá oferecer: um momento de atenção e uma hipótese de reconhecimento da sua feminilidade esquecida”.
Porquê o regresso de “As Barbis”?
• Sobretudo, porque cada vez mais pessoas nos perguntam: quando voltam a fazer As Barbis?
• Porque, passados 20 anos, desejamos regressar ao contacto com o público e viver cumplicidades que fazem deste espetáculo muito mais do que uma simples comédia.
• As Barbis são, para muitos, sinónimo de divertimento crítico e inteligente, desafio a convenções sociais, políticas e culturais de um Portugal que continua hipócrita, cinzento, snob e novo rico.
“As Barbis” estão de volta porque:
Porque o país está uma neura! (Maria Anahory)
Porque é Verão e queremos rir! (Susana Sousa Pinto)
Porque são precisos outros tipos de humor e de comédia! (Odete Sampayo)
Há mais comédia para lá do Stand-up!!! (Isabel Morgado)
Porque elas são “uns” queridos e compreendem muito bem as mulheres! (Maria José Costa)
Comentários da imprensa...
“esta peça, despida de qualquer artifício cénico, é um espetáculo que deve ser visto”, aconselhava em 1993 o jornal Sete através da crítica Clara Nunes Correia.
“Barbis: ainda bem que voltaram”
“Um texto contundente, escorreito e eficaz”
“Um trabalho notável de composição dos atores”
“A representação só por si vale o espetáculo: os retratos das três personagens são perfeitos”
“Uma verdadeira lição de como o teatro pode divertir inteligentemente”
“Assim vale mesmo a pena ir ao teatro”
“Uma comédia hilariante”
Ficha Artística / Técnica:
texto: José Pinto Correia
encenação: Alexandre de Sousa com recriação coletiva pelos atores
coreografia: recriação coreográfica coletiva a partir do original de Rui Nunes
assistente coreográfico na reposição: Elisa Ferreira
interpretação, por ordem de entrada em cena: F. Pedro Oliveira Babá, Miguel Abreu Tuxa, Paulo Ferreira Kika, Dima Germano
caraterização: Raquel Pavão ou Magali, Rúben Marques
cabeleireiro: Paulo Cruz
produção executiva: Rita Sousa Guerreiro, Rúben Marques, Sofia Duarte, Miguel Abreu
design gráfico: Luís Chimeno Garrido
desenho de luz: Gonçalo Costa
som: Luís Soares
operação de som e luz: Luís Soares
produção: 58ª produção do Grupo Cassefaz em parceria com a UAU
Sala Principal
Duração: 80 minutos
Público alvo: maiores de 12
Preços
12€ - 1ª plateia
10€ - 2ª plateia
10€ - balcão
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Mais informações: www.cassefaz.com/ | | |
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